sábado, 18 de abril de 2009

O que o Mundo espera de mim?!

O que o Mundo espera de mim?!

Quem sou eu, para Vos deixar nesse estado, como se andásseis á deriva, em busca de uma “catedral” de sonhos e desejos imaginados, construídos na tua/nossa/vossa mente? Na mente, de quem apenas sonha, e deseja ser feliz…!
É! Nada mais que isso peço á vida; apenas viver e ser feliz.
E que mulher não deseja isso?!
Assim sendo, não me coloquem num pedestal que não me pertence, tratem-me apenas como um ser Humano que sou. Sim, um ser Humano, com H maiúsculo. E, como mulher, posso dizer que não passo disso, simplesmente uma Mulher.
Alguém que ama, chora, sonha, idealiza… Alguém que sofre como os demais. Mas, alguém, capaz de vibrar de alegria e emoção, porque lhe é permitido olhar o vento, sentir a brisa, embalar o sol…! E, com as pétalas de flores, construir melodias ao luar. Alguém, que se deixa envolver pelo aroma sedutor que a paisagem enfeita, e acaricia o olhar que aconchego em meu peito, e afago em minhas mãos?!...
É! Somente isso! É isso o que eu sou:
- Uma sonhadora! Uma romântica incorrigível, que se delicia com as palavras, com as quais constrói montanhas de sorrisos, rios que desaguam em mar revolto, fontes que se enamoram, e desabrocham águas cristalinas que deslizam suavemente, pela subtileza da paixão.
Eu sou apenas Eu! Frágil! Sensível! Solidária! Amiga. Muito, muito amiga…!
Mas, sou também uma Leoa. Alguém que não baixa os braços, alguém que sabe escutar, sabe dizer sim, mas que também sabe dizer não! Alguém que acredita que tudo pode ser diferente, só é preciso querer e, ter na Alma a força e o desejo de vencer.

Por isso, ás vezes sinto-me como se fosse um mar fértil e abundante, onde todos buscam e saciam a felicidade.
No entanto, isso, não me impede de, muitas vezes, me sentir como o Mar Morto, sem vida, sem ter nada para dar.
Questiono-me: - o que esperam de mim? O que tenho eu afinal para dar?
Todavia, posso sempre juntar o pouco do que tenho, ao pouco que vós tendes.
Quem sabe, a soma de um, mais um, mais um, mais um…não permite o desenvolvimento e crescimento da porção. E, como na multiplicação dos pães e dos peixes, possamos com nossas mãos, nosso bem-querer, dar vida a muitas vidas! Saciar a fome, não só de pão, mas de desejos sequiosos de palavras calorosas, sorrisos que iluminam e aquecem o coração da gente; dessa gente, onde a palavra Amor não tem eco! Onde a palavra Fé não tem crédito! Onde a palavra Caridade se confunde com a revolta! Onde a Esperança escasseia e esmorece a cada dia que passa.
Convido-Vos a juntar a Vossa vontade com a minha vontade e desejo de partilha. E juntos, reacender a chama da Esperança. Com ela, incendiaremos o Amor, fortaleceremos a Caridade, aumentaremos a Fé. E, a esperança de um Mundo melhor, voltará a acontecer…

Amélia Fernandes

sábado, 11 de abril de 2009

Eu não sei o que me podes dar!

Mas, eu percorro o começo de mais um começo, tentando desvendar o começo que me transporte à torrente do Monte Hebron, onde nasce e cresce o desejo sequioso de se dar, de partilhar…!

Não faz sentido, de novo, um começo, para partilhar o que já partilhamos… ( Ar, Natureza sentimentos…)

Mas, um começo do começo, que nos transporte em pétalas de orvalho cristalino, que percorrem o ensejo e desejo de descobrir, onde se esconde esse oásis de maravilhas ferventes de anseio por se dar…

Esse tempo, onde o espaço sem espaço e sem tempo se enfeita para o renascer do Sol, como se a Noite nunca acontecesse e, as Estrelas, simplesmente aconchegassem o regaço que embalam canções de desejos prateados de Lua… ao luar..!

Sim! Esse começo, eu partilho, inicio, e percorro!

Esse começo, esse tempo, esse espaço, onde tudo é permitido e nada é verdade, onde tudo é sentido e ninguém se toca, onde a Vida acontece e floresce como um jardim de aromas, cores e sons…

Ah! Amigo! Eu não imagino o que me podes dar, mas tu, também não adivinhas até que ponto eu posso receber; e partilhar…

Páscoa Feliz...

Amélia fernandes

domingo, 5 de abril de 2009

Onde o Espaço se Enfeita!!!

Onde o Espaço se Enfeita!

No pó dos caminhos
restam as pegadas...
o cheiro a maresia
...no olhar...


Libelinhas...
voando
desajeitadas

Nas ondas
das giestas
...por ceifar!

E lá!...

onde o espaço se enfeita
Restam os suspiros

ancorar...

Nessa madrugada
em reflexos

Onde os soluços
se escondem...


Para chorar...!!!

Amélia F.
in, Sol e Miragem, p., 117, (1997)

Palavras....!

Palavras...

Que são palavras?!...

Paro o Poeta,
é escrever


Palavras...
tão sem sentido...!
são as veias a ferver....


É o sangue que lateja...
Poesia...
.... Sol...
e Vento....

Palavras?!
são meus desejos

Desperdiçados
no tempo...!


Mélita Fernandes

ANGÚSTIA...

É noite...
e, eu rasgo as veias
no teu pensamento.

Desfruto prazeres
que não sinto....
Bebo o cálice da solidão!


Espero por ti
E chamo
Imploro

Onde estás....!

Sinto vergastar-me o corpo
Mas....
De rastos.... eu continuo
Ao encontro do teu
Silêncio.......

Para abafar a minha
.....Angústia

O medo de ter
Perder!!!