domingo, 20 de junho de 2010

Sentimentos “avassaladores”!

-A felicidade! A emoção!

Os afectos que me “avassalam”.
Sentimentalismo, saudosismo, afectivísmo…
Carinhosinho, mimosinho…
Enfim! O beijo!
O abraço quente e terno.
O aconchego, nesse “colo”, que não tenho,
Mas que bem conheço, e desejo recordar!
O colo de uma mãe?!
Ou, o colo de alguém que se gosta,
Mas que, por motivos alheios,
Não o podemos usar…!

(«Ah, todo o cais é uma saudade de pedra»
(Fernado Pessoa)
Sim! É a saudade de um tempo que não volta mais.
Resta-me “desbobinar” a fita,
Correr no sentido inverso do relógio,
E, como se de um filme se tratasse,
Voltar atrás no tempo, e relembrar.
E, porque não, reviver, tudo o que a infância me deu,
E eu não soube aproveitar!

Qual Álvaro de Campos!
(“ Que eu quero sentir tudo, e de todas as maneiras”).

Porém, falta algo que me proporcione
A segurança de que preciso
Para que repouse, serena e tranquila,
Nesse “colo” que embala e adormece.
O colo de uma Mãe?!...De um Pai?!...
De uma Amiga?...De um Amigo?...
Não sei!
Apenas busco um porto seguro
Onde me possa refugiar
E guardar meu tesouro:
-O silêncio de não calar!
A vontade de progredir,
O desejo de te abraçar!...

Tudo o que sou, vive dentro de mim!
Pouco tenho para dar!
Apenas, a Saudade de existir,
Mesmo antes de chegar!...

Amélia Fernandes
20 de Junho

Opiniões! Ou, sugestões?

Opiniões! Ou, sugestões?

Recebo …”dicas” e, dou “dicas”…
Não custam nada...não é preciso pagar…
E fazem bem ao “ego”!
Nessas “dicas”, costumo ouvir dizer,
Que ainda tenho muita terra batida a palmilhar.
Muito caminho a percorrer; horizontes a desbravar.
Não sei se será verdade, ou se apenas me querem agradar!
Todavia, sinto que não estou assim tão em baixo
Como por vezes imagino estar.
Aliás, estou sempre um pouco acima do chão:
Não muito, mas estou.
Claro que os pés, esses sim, rastejam pelo pó da terra,
Como se carregassem mais de um século de vida.
Todavia, o importante é que, mesmo "rastejando",
Esses pés dolorosos, cansados, triturados,
Sempre chegam ao fim da meta
Que me tenho proposto alcançar.
Carregando, é certo,
Este corpo dorido, desgastado
Pelas intempéries da vida,
Mas, que, mesmo assim,
Não se deixa amedrontar, derrubar!
E, mesmo que todo o meu corpo
Desça ao nível dos pés,
Rastejando na lama, no pó dos caminhos,
Mesmo assim,
Enquanto sentir um sopro de vida,
Enquanto sentir a brisa me beijar
Eu lutarei!
Para que, o sonho, a ilusão,
Não esmoreçam em mim,
E a Vida se concretize, e se complete,
Num Abraço Pleno de Felicidade!

Obrigada aos que me ajudam a pensar e agir assim!
Viver é Lutar!

Amélia Fernandes
20 De Junho

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O que é o pensar original ?

A linguagem está na expressão, ou é a expressão ?( eu acho que é a expressão) Apresentação de definições de termos e noções básicas, juntamente com a necessária crítica: texto, linguagem, hermenêutica, discurso, hipertexto, etc.
Partir do conceito de “Noções Filosóficas”, desenvolvendo a definição apresentada, entremeando com citações de diferentes autores.
A linguagem do discurso, consiste em articular as noções chaves da questão proposta, em três formulações:
A técnica do hipertexto “eleva” o texto?
Ela configura o texto como algo maior do que se apresentava originalmente?
A simples desobstrução do texto original, em blocos de sub-textos, encadeados entre si, representa uma potencialização do texto original?
Através de um texto temos acesso ao “pensar original de seu autor” pela análise do discurso, pela semântica. Ou seja: como superação de uma teoria dos significados de palavras isoladas pela hermenêutica. A questão da transformação metafórica na formulação do pensar em texto.
O texto é sempre uma metáfora de um pensar original? (“Tradutore traittore” ?) (penso que sim).
Quando o texto nasce, a partir de um reflexo que surge na mente, e, esse reflexo é amadurecido e transformado em palavras, sim. Eu acho que o texto é uma metáfora de um pensar original. Podendo o mesmo, suscitar a escrita de outros textos. Estes sim, não seriam originais, pois, surgiram através de uma “semente”, de uma ideia, ou demonstração, a qual levou o leitor a criar um novo texto com base na leitura feita ao texto anterior.
Neste sentido, as dificuldades aportadas pela tradução, criam a impossibilidade da compreensão do pensamento original.


Amélia Fernandes
04 de Junho de 2010

A Importância dos “SES”! No meu entender…

A expressão dos «ses» é uma constante na vida das pessoas, principalmente, nas mais apáticas, passivas, inactivas.
O homem, quando não tem argumentos próprios, baseia-se no se, como se, os acontecimentos mais ou menos importantes, dependessem dos «ses».
No meu ponto de vista é errado: não existem «ses». A vida é um mistério que não cabe ao homem desvendar, definir, uma vez que, o homem existe, já antes mesmo de o ser.
Tendo em conta este facto, parece que tudo está predestinado. Pode, porém, o homem questionar, tentar melhorar, fazer diferente. Pode e deve!
Com certeza que, a influência social, económica, cultural e religiosa, assim como política, contribui para uma modificação do género humano. Ou seja; mediante o meio existente, o ser humano pode ser moldado, segundo as circunstâncias. O que não deve o homem é ficar á espera que os “ses” aconteçam ou não aconteçam, dependendo das conveniências de cada um.
Se eu fosse rico, se vivesse em outro país, se, se, se, se, se…
O homem nasce com o seu génese, é certo. Pode, contudo, desenvolver de forma mais ou menos abrangente as suas características, sem precisar que o “se” interfira na sua atitude perante a vida. Se acontecer eu faço; eu sou; eu digo…
O ser humano deve caminhar por si só. Lutar pelos seus ideais. Colocar em prática as suas convicções sem a interferência do “se”, do meio, da religião, da raça, da cor, da política, etc.
Placidamente sentar e deixar que a vida “passe”, sem interferir para que o rumo da mesma seja alterado, (ainda que por vezes para pior) isso, é ser um fraco, cobarde. Alguns limitam-se a viver, usufruindo do que, os demais construíram. São seres que “passam” pela vida por “passar”! Vivem por viver! Mas não deixam marcas, sonhos realizados, nem ambições concretizadas, porque nunca as tiveram.
Quase me atrevo a dizer que, nem tão pouco deveriam ter direito ao ar que respiram, uma vez que nada fazem, para que algo aconteça.

É certo que o dom da sabedoria, da persistência, ou da burrice, já nasce com o homem. Podem ainda, as circunstâncias da vida, o contexto ou movimento onde se enquadram, serem mais ou menos favoráveis à criação, produção, ou destruição de algo.
Devemos porém, mediante as possibilidades e capacidades de cada um, colaborar para que mais e melhor aconteça. Se cada um abdicar do pouco que tem, do pouco que sabe, em favor de outrem, o mundo ficará mais rico e mais diversificado.
Neste sentido, julgo ser tempo de por termo aos “ses”, como se, os “ses” fossem autores da nossa própria vida. Como se, os “ses” fossem a causa do, “não” efeito.
Não podem nem devem ser três letras, - ou melhor, duas, ( se ) a determinarem o percurso da vida de cada um de nós. Ou será que, o ser humano é tão insignificante, a ponto de “se” deixar dominar pelas circunstâncias dos… ses?!...


Amélia Fernandes
04 de Junho de 2010

O Sentido da Palavra “Crítica”:

Começo por dizer que, o que escrevo, é apenas a minha opinião.
A nível semântico, a palavra “crítica”, por si só não diz nada. Nem tão pouco é um Ser em Si.
Enquanto que, a palavra “cadeira, mesa, maçã, lapiseira e outras”, são definidas como seres em si, os quais adquirem valor, quando existe um “Ser para Ti”. Ou seja: os seres em Si, existem para satisfazer o ser para Ti.
Porque eu preciso de estudar, compro livros. Porque preciso de me vestir, compro roupa. Mas, para que a possa comprar, é preciso que esta (estas) exista. E, esta, só tem razão de existir, na medida em que eu, o ser humano, necessito de as adquirir.
Neste sentido, podemos dizer que o mundo está povoado de objectos, ou Seres em Si, que funcionam para Si, o Outro, caso contrário não tinham razão de ser.
Também a palavra crítica, só existe, porque existe algo, ao qual deve ser aplicado o termo crítica. O que pode ser a: um Ser em Si, ou, a um Ser para Si “(o ser humano”) .
Neste contexto, a palavra “crítica” é vista como abstracta.
São sete letras, soletradas em três sílabas, (crí-ti-ca), as quais por si só, também não dizem nada, não têm peso semântico.
Como disse, é por isso necessário a existência de seres em Si, ou para Si, para que esta designação possa exercer uma função lógica.
Para julgar, separar, decidir..., é preciso que existam pelo menos dois elementos, caso contrário, a palavra crítica não tem razão de ser.

Mas o que significa então a definição de “crítica”?
Normalmente, opõe-se ao conceito de atitude crítica, o termo de ingenuidade. A ingenuidade ou falta de senso crítico é, às vezes, mítica, enquanto se baseia em explicações fora da realidade, e, muitas vezes, participa simplesmente do senso comum, ao qual adere sem maiores considerações.
A adesão pacífica ao senso comum não é meramente casual. Ela tem uma raiz bastante detectável, e portanto modificável. O senso comum é a maneira habitual de pensar e agir, ou reagir dentro de uma colectividade humana. Outros grupos, ou outras colectividades, podem muito bem pensar ou agir de forma diversa. Tem assim, outro senso comum.

Além disso, a constância e profundidade do senso comum, podem ser tão importantes que, o grupo sente-se dividido e agredido, quando alguém pensa, ou age de forma diferente, e, expulsa os dissidentes.
Neste sentido, o senso comum une fortemente um determinado grupo humano, e forma a base de sua unidade. Os planos, as reflexões e as críticas são feitos, a partir dessa unidade constante: a do pensar e do agir.

Amélia Fernandes
04 de Junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ansiedade!

Ansiedade é a palavra que define o estado de alma em que me sinto constantemente.
Activa, mas não realizada.
O que fiz não chega.
Quero mais! Preciso de mais! Novos horizontes esperam ser desbravados.
Nesse sentido, permito-me continuar a sonhar, a cria: remexo, idealizo, concretizo algo novo, mas, continuo a querer mais.
Concluo que, por mais que construa, jamais alcançarei o que desejo: a perfeição. Porque, o que eu busco é o Infinito, o Absoluto, o Transcendente.
Minha Alma só descansará quando encontrar a Plenitude. Mas isso, só acontece no além, na outra margem. E como fazer para a alcançar?
No entanto, não desisto. E, degrau a degrau, vou construindo meu casebre de vidro, feito em pérolas de fantasia. Rendilhado de estrelas, iluminado pela lua, aquecido pelo sol, acariciado pela brisa. E, como pétalas de flores, desfolharei as pedras que encontrar no caminho. Com elas construirei um castelo em nuvens de algodão, e saciarei a melancolia, a sede de ser “Eu”. Enquanto isso, a ansiedade ficará adormecida

Amélia
03 de Junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

Crenças..

Acreditar!

Para mim, a palavra "crença" resume-se na seguinte acção:
- Acreditar mesmo sem ver.Acreditar, acreditando.
Acreditar, não é algo que se defina, - algo que possamos transmitir por palavras.
Mas sim, algo que se experimenta no mais íntimo de nós mesmos.
E é bom! Mesmo que por vezes doa, é bom acreditar; acreditar sempre.
A crença está dentro de mim.
O meu "eu"interior acredita.
É algo que não sei explicar. Ou melhor, não se explica; vive-se, sente-se, respira-se...
Por isso, acredito que vale a pena acreditar.
E um dia, esse "mistério" em que acredito, sei que brilhará e encherá de alegria meu coração...
Continua
Melita
01 de Junho de 2010

Amizade!

Que a voz calada! Impere no silêncio!
Teu nome rompa o Infinito! Cantando o momento num grito, a paixão Impere...
Giestas coloridas, selvagens, abrem-se ao horizonte, e exalam num aroma celestial. Como a água da fonte, seja ela, Universal:
- A AMIZADE!!!

Amélia Fernandes
01 de Junho de 2010