Começo por dizer que, o que escrevo, é apenas a minha opinião.
A nível semântico, a palavra “crítica”, por si só não diz nada. Nem tão pouco é um Ser em Si.
Enquanto que, a palavra “cadeira, mesa, maçã, lapiseira e outras”, são definidas como seres em si, os quais adquirem valor, quando existe um “Ser para Ti”. Ou seja: os seres em Si, existem para satisfazer o ser para Ti.
Porque eu preciso de estudar, compro livros. Porque preciso de me vestir, compro roupa. Mas, para que a possa comprar, é preciso que esta (estas) exista. E, esta, só tem razão de existir, na medida em que eu, o ser humano, necessito de as adquirir.
Neste sentido, podemos dizer que o mundo está povoado de objectos, ou Seres em Si, que funcionam para Si, o Outro, caso contrário não tinham razão de ser.
Também a palavra crítica, só existe, porque existe algo, ao qual deve ser aplicado o termo crítica. O que pode ser a: um Ser em Si, ou, a um Ser para Si “(o ser humano”) .
Neste contexto, a palavra “crítica” é vista como abstracta.
São sete letras, soletradas em três sílabas, (crí-ti-ca), as quais por si só, também não dizem nada, não têm peso semântico.
Como disse, é por isso necessário a existência de seres em Si, ou para Si, para que esta designação possa exercer uma função lógica.
Para julgar, separar, decidir..., é preciso que existam pelo menos dois elementos, caso contrário, a palavra crítica não tem razão de ser.
Mas o que significa então a definição de “crítica”?
Normalmente, opõe-se ao conceito de atitude crítica, o termo de ingenuidade. A ingenuidade ou falta de senso crítico é, às vezes, mítica, enquanto se baseia em explicações fora da realidade, e, muitas vezes, participa simplesmente do senso comum, ao qual adere sem maiores considerações.
A adesão pacífica ao senso comum não é meramente casual. Ela tem uma raiz bastante detectável, e portanto modificável. O senso comum é a maneira habitual de pensar e agir, ou reagir dentro de uma colectividade humana. Outros grupos, ou outras colectividades, podem muito bem pensar ou agir de forma diversa. Tem assim, outro senso comum.
Além disso, a constância e profundidade do senso comum, podem ser tão importantes que, o grupo sente-se dividido e agredido, quando alguém pensa, ou age de forma diferente, e, expulsa os dissidentes.
Neste sentido, o senso comum une fortemente um determinado grupo humano, e forma a base de sua unidade. Os planos, as reflexões e as críticas são feitos, a partir dessa unidade constante: a do pensar e do agir.
Amélia Fernandes
04 de Junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
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