quinta-feira, 8 de abril de 2010

Porque escrevo eu?

Porque escrevo eu?

Há dias, em que não faço nada
De que me possa orgulhar.
Então, pego nas letras, junto-as,
Uma a uma,
E vou construindo palavras.
Com as palavras, construo frases.
E com as frases, construo textos.
Melódicos, dramáticos, irónicos…

Há tanta coisa por descobrir,
Nas palavras por dizer!
Nas pétalas do alfabeto por juntar!
Quem poderá descobrir,
O que se esconde na alma que canta
No silêncio adormecido ao luar? …

Ah!
Se descobrisses a amargura,
Que se esconde por de trás de um rosto
Pálido de sentimentos,
Por de trás de um sorriso fingido,
Um olhar de compaixão?

Mas não! Ninguém vê a dor!
Ninguém vê a dor física,
Muito menos, a dor da Alma,
A dor do coração.

E, nas palavras que escrevo,
Liberto a agonia
Que me corrompe,

Desaguo, mar de lágrimas
Torturada, de paixão.

08/04/2010

A página que escrevi!

A página que escrevi!


Enquanto a vida passa, riscamos
Suspiros de angústia,
Escrevemos páginas perturbadas
De sonhos rebeldes, despidos de ansiedade,
Reconfortantes de intervenção.

Passa o tempo! E…
Destruímos a página
Escrita em momentos
De plena liberdade…

Despidas de preconceitos,
Rasgamos, queimamos,
E sopramos ao vento
As pequenas partículas
De cinza, como, se de uma simples poeira
Se tratasse;
Uma poeira contagiante.

E assim, apagamos vivências
De um passado,
Como se nunca as tivéssemos vivido.
Riscamos o tempo, a época, em que
O Sonho era realidade!
A utopia, era, simplesmente,
O Amor concretizado.

Que pena!
Que falta fazem essas páginas na nossa vida!
Sem elas, tudo fica mais deserto, frio.
O seu colorido, aviva memórias de incertezas
Traçadas no nosso imaginário.
Sem elas,
Tornamo-nos pessoas vazias
Sem passado, sem histórias para contar.

É como se tivéssemos parado no tempo,
O tempo, em que escrevemos
A página que agora destruímos.
E assim, numa fogueia de sentimentos,
Desaparecem afectos
Construídos de solidariedade,
Num tempo em que o tempo,
Era tempo de Verdade!


08/04/2010

Distância!

Persistes na distância que nos separa
Vives no silêncio que não calas
E sufocas a indiferença da paixão!
Porém, as marcas do passado são bem visíveis.
Em cada rosto, em cada olhar,
Esconde-se algo por desvendar.
São os “retalhos” da vida
Da vida que escolhemos, que o mundo nos ofereceu
Esses “retalhos”, sem os quais,
A vida não teria sentido
Ainda que sejam agrestes,
Cheios de espinhos, selvagens.
Sem eles, os retalhos,
A vida não teria a mesma cor,
A mesma melodia
A mesma harmonia
A mesma intensidade.
08/04/2010

Sou o nada...

Sou o nada!

Não sei porquê, mas sinto-me nada.
Sou apenas a voz calada, que grita, desesperada,
Ás intempéries da vida.
Alguém que busca o inatingível, que vence o Universo
Em busca de um desejo por descobrir:
Alguém que canta madrugadas desfolhadas em ventres
Paridos de anseios,
Sedentos de emoção…
Alguém, que, mesmo não acreditando,
Continua a acreditar
Que tudo é possível,
Tudo pode acontecer.
E, no palmilhar da nossa vida,
Sempre nos podemos surpreender.

08/04/2010

As Palavras!

As Palavras!

É bom “brincar” com as palavras!
Construir frases coloridas de aromas e sons!
E, com as mesmas, desbravar horizontes infindos de ilusão.
Horizontes que, mesmo sem os alcançar nos fazem felizes,
Somente, porque nos é permitido Sonhar!

08/04/2010

Felicidade!

A Vida!...A Felicidade!

A vida é feita de surpresas.
No virar de cada esquina, depararmo-nos com essas mesmas “surpresas”: umas boas, outras menos boas.
Porém, mesmo as desagradáveis, devem permanecer nas páginas do livro da nossa vida, uma vez que, a vida é composta de várias formas, cores, aromas e sons.
Semeamos e colhemos abraços, sentimentos, amarguras; reflexos de alma, que permanecem para sempre.
Como a maioria, sou uma errante, peregrina, em busca de um sentimento inexistente.
Vagueio, à deriva, e flutuo na imensidão das palavras que construo, como, se acreditasse, que as mesmas me podem transportar, ao Templo, imaginário, dos meus sonhos!
Mas, tudo não passa de sonhos! São apenas sonhos!
Castelos de palavras, com as quais risco horizontes infindos do meu ser!
Adoro as pessoas! Adoro a vida! Mas, não acredito naquilo que busco. Algo que sempre procurei, e nunca encontrei. E, se nunca encontrei, é porque não existe; a verdadeira Felicidade.

8 de Abril de 2010