quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Beatriz e Rodrigo!

Meus queridos sobrinhos, Beatriz e Rodrigo
Quanta saudade, meu Deus! Quanta saudade!

Dói, dói tanto não vos ter aqui, ao meu lado!
Como dói a saudade! Ai! Como dói! Sabes Guigo? Sabes? A tia tem saudades de ir passear contigo e com a Bia.
Lembras-te Bia? E tu Guigo? Lembrai-vos das vezes em que fomos ao Monte de S. Mamede, corremos, saltamos de penedo em penedo, rolamos no chão, baloiçamos nos ramos das árvores, das Carvalhas? Era tão bom quando a tia vos levava a passear, não era? E a Laje dos Pintos? Quando a subíamos, parecia que subíamos uma montanha! Era como se estivéssemos a trepar para o Céu…

Sabeis um segredo meus queridos sobrinhos? Sabeis? Eu sim. Eu é que gostava de vos levar a passear, a brincar. Assim, podia brincar como vós. Podia ser criança outra vez.
Se alguém me visse, achava que estava a ensinar-vos. Mas vós fostes para o outro lado do Oceano, fostes embora sem tempo nem certeza de que voltareis.
Não tenho mais com quem brincar. Sozinha, não posso trepar ás árvores, rolar no chão, baloiçar nos ramos das Carvalhas, saltar de penedo em penedo. Se o fizer, vão pensar que eu sou louca. Vão dizer:
- Olha aquela velha: está louca, anda doida, ela vai cair, etc., etc., etc., ainda me metem no manicómio. Mas, isso seria o menos penoso. No manicómio já me sinto eu. Longe de vós, o meu sofrimento é tanto que pareço que vou endoidar.

Hoje, a minha ilusão, o meu sonho, é juntar dinheiro para fazer uma viagem até ao Brasil para vos visitar.
Peço a Deus constantemente que me conceda essa graça: um dia voltar a ver-vos. Eu ir ao Brasil, ou vós voltares a Portugal! Mas, sois ainda tão crianças. Nove e seis anos… como podereis vir, se vossa mão não vos acompanhar? Questione-me constantemente como e quando poderei voltar a abraçar-vos. Torturo-me noite e dia com a vossa ausência.

Oh! Meu Deus! Este nó sufoca-me! Não permitas que isso aconteça Senhor. Não permitas, por favor. Pelo menos, não antes de voltar abraçar os meus sobrinhos; os meus queridos sobrinhos. Concede-me esta graça pela Tua Infinita Misericórdia. Eu Te suplico!

Obrigada Senhor Jesus! Obrigada por me escutares.

Amélia

Saudade!

Saudade…!

Há um Oceano que nos separa,
Um mar, onde navegam vossos sorrisos
Na infância deste sonho
Que trago sempre comigo

Beatriz e Rodrigo
Duas pérolas que abraço
Dia e noite não consigo
Afastar do meu regaço

Aconchego ao meu peito
Vossa face, com saudade
Sois o Sol da minha vida
Sois a minha eternidade!

Vivo para vós meus sobrinhos
Noite e dia, no pensamento
Rogo aos céus e peço
Que sufoque este tormento

Voltar um dia abraçar-vos
Ter de novo junto a mim
Vossos corpos tão carentes
Dos carinhos que vos dava
E que vós davas a mim

Resta-me a esperança
De que um dia voltareis
Para junto de todos nós

Será um sonho ruim
Do qual acordaremos
E num abraço por fim
Junto nós ficaremos

A tia que vos adora e jamais vos esquecerá

terça-feira, 21 de junho de 2011

Obrigada!

Cláudia escreveu:

"Como é maravilhoso ler palavras tão doces! Como é bom saber que há pessoas como a tia Amélia que nos fazem sonhar! Eu tento manter sempre os pés bem assentes na Terra, mas esforçando-me para sentir o aconchego de um pedaço da Lua que me vai guiando a cada dia... Pelo menos sempre que não estou com o nosso querido N. ... :) ... É ele a razão da minha felicidade e do brilho dos meus olhos... :)
Mas falando de si, a tia é um belo exemplo de que todos conseguimos mais do que aquilo que pensamos ser capazes de alcançar, e é de se tirar o chapéu à Sra. Dra. "Poetisa de Arosa" quando se lê a sua biografia... Muitos parabéns por todo o seu lindíssimo trabalho, realizado por si e para si mas, mas, essencialmente, para que todos nós possamos tirar proveito e aprender algo...

Aproveito, ainda este espaço, para salientar o quão maravilhoso é sentir o carinho das suas
palavras... Soam a música... Quando carregadas de gargalhadas como as que os nossos meninos, B. e R., recebem, sente-se uma enorme vontade de voltarmos a ser crianças... É contagiante... Continuação de muito sucesso pessoal e profissionalmente. Um beijinho muito especial e um muito obrigada!"
Cláudia

sexta-feira, 3 de junho de 2011

iNFANTIL!

Passeio de Patos!
Este conto que se segue foi escrito para o meu filho mais velho, o Vitor, que tem hoje 32 anos.
em 1985, antes da publicação do meu primeiro livro, "Ondas de Palavras", já este conto tinha ganho três prémios na gala dos pequenos cantores na figueira da foz e dois na VII canção do minho. devido as ilustrações de que o mesmo se compõe, só em 1996 o pude publicar. é muito caro publicar livros ilustrados. há mais quatro contos infantis publicados, estes, em prosa
Espero que os mais pequenos gostem

PASSEIO DE PATOS!

um dia quatro patinhos
decidiram ir passear
e dando voltas e mais voltas
não sabiam onde ir parar.

caminhando mais além
a um rio foram dar
quatro saltos, quatro pulos
e lá se foram banhar

estavam contentes e alegres
sentiam-se bem na água
mergulho aqui, mergulho ali
os quatro irmãos lá andavam

chegou a noite muito rápido
queriam voltar para casa
a sua dona coitadinha
já não estava sossegada

era já uma velhinha
tinha os cabelos brancos, da idade
e como não tinha filhos
tratava dos patinhos
com muito, muito cuidado

como já se fazia tarde
resolveu ir procura-los
e a velhinha caminhando
não conseguia encontra-los

mas, agarrada a um pau
a velhinha continuou
nisto, ouve gaguejar
ela escuta, e parou

não levou tempo nenhum
a conhecer tal voz
era a voz dos seus patinhos
a dizer que não estavam sós

o que se estava a passar
ela nem pode ver
uma raposa queria
os seus quatros patos comer

meu Deus, que desgraça,
diz a velhinha zangada
se apanho a raposa
dou-lhe tamanha pancada..

entretanto os patinhos
tentaram-se libertar
inventando uma história
para a raposa enganar

e então, meio perdidos
sem saber o que fazer
falaram assim para a raposa
antes dela os comer

....


eeeeestando nóóóóos... naaaas tuas mãos
tu vais ser a... a.. a responsável
se morrermos sem pedirmos a Deus
perdão para os nossos pecados

disse-lhe então a raposa
com um olhar muito sisudo
(....)
para me livrar das vossas culpas
estou disposta a fazer tudo

e continuou..

se vos quereis confessar
fazei-o muito depressa
por que eu quero vos comer
e só isso me interessa

puseram-se todos em fila
para rezar as orações
começou pelo da frente
porque tinha melhor pulmões

quááá... quaáá...quááá
gritava ele em alvoroço
quááá... quááá quaááá
vão me comer o pescoço

ao ouvir tais orações
a raposa replicou:
- não é para ouvir isso
que esperando eu estou...

mas os patos não quiseram saber
e cada vez mais gritavam quáááá... quááá
ó minha rica patroa
por favor, tu anda cá.

estava-se a chegar o fim
só faltava uma oração
e a raposa de contente
lambia o queixo, esfregava as mãos

nisto chega a velhinha
mesmo em cima da hora
quando a raposa a vê
foge dali para fora

faltava apenas uma oração
para depois se entregar
mas a velhinha conseguiu
os seus patinhos salvar

bem haja tal esperteza
replicou a velhinha
porque salvaste a vida
com a vossa ladainha

os patos já libertos
à patroa prometeram
nunca mais se afastarem
do lugar onde nasceram

e juntos foram embora
contentes até mais não
e de mãos dadas todos juntos
fizeram esta canção...

A canção continua no próximo número.
Beijos
A autora:Maria Amélia Fonseca Fernandes

Endereço.

Aos meus leitores.
Informo de que alterei o endereço no Facebbok para o meu verdadeiro nome:

Maria Amélia Fonseca Fernandes.

Já agora! No próximo Domingo não se esqueçam de votar. A abstenção não favorece ninguém. Aliás, impede-te de contestares.

Vota mal, mas VOTA, por ti, pelos teus pelo nosso PORTUGAL
Amélia

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amar!

quisera, meu amor, tu entendesses
esta dor que domina minha alma
nos teus beijos, com carinho, adormecesse
e ao teu lado, acordar, serna... e calma.........

amélia

Carente...

Do sonho mais profundo e discreto
Esvoaçam asas de ilusões perdidas
Pétalas desfolhadas em teus dedos
No jardim de quimeras floridas

minha vida sedenta de anseios
Ternam carente, sempre a desejar
O orvalho perdido, na noite que embala...
Teu corpo, meu corpo...na noite ao luar!

escrito a 10/03/2003
in "Ser eu e Sonhar" pg., 51 (2004
Amélia Fernandes

quinta-feira, 10 de março de 2011

Jesus!

Jesus!

Jesus peregrino
Guia Tu o meu destino
Põe termo ao meu caminhar
E debaixo da Tua cruz
Com lágrimas de sangue e luz
Eu Te possa consolar

Jesus…deixa que eu viva
A vida que Tu me deste
Agora que eu nasci
Que no mundo me puseste
Eu sei porque estou aqui
Sei porque a luz Tu me deste

Eu nasci para Te amar
Mas tão cruel que eu sou
Teu nome não sei louvar
Mas, Jesus, não deixes de estar
No lugar onde eu estou

Tu que calas a voz do mar
Sufocas a voz do vento
Ande eu por onde andar
Jesus, não deixes de estar
Sempre no meu pensamento

Tu, deste ao Sol
Os raios que conduz
O destino de quem vive
Uma vida amargurada
Mas, debaixo da Tua cruz
Olhando para Ti Jesus
Meu sofrimento, não é nada

E sou feliz quando assim penso
Jesus para mim És tudo
E nas lágrimas deste lenço
Que os meus olhos enxugou
Quando Teu coração magoou
Sim, eu sei que pequei
Mas perdoa as minhas faltas
Pelas lágrimas que chorei

Jesus…
Eu só te peço pão e lar
Uma família a formar,
Um coração a transbordar de amor
Mas, antes disso, a salvação
E tudo está nas Tuas mãos
Se mo quiseres dar,
Ó senhor…

Amélia Fernandes
In “Ondas de Palvras” (1985)

domingo, 6 de março de 2011

Facebook

Para quem desejar contactar-me através do facebook, deve procurar pelo nome "Sofia Alves" ou "Sofia Torres".

Não me perguntem por que não coloquei o meu verdadeiro nome, "Amélia Fernandes", por que não sei dizer.

Amélia

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Convite.

Aos visitantes do meu blog.

Começo por agradecer a visita que têm feito ao mesmo

Venho convidar os "amantes" da poesia, se quiserem e puderem, a participar na apresentação da minha mais recente obra: - "O Céu, o Infinito e Eu". É o 16º livro de minha autoria e como tantos outros, será apresentado no auditório da Biblioteca Municipal da Póvoa de Lanhoso, (Casa da Botica), no dia 11 de Março de 2011, pelas 21.30 horas. Desde já agradeço a todos os que possam estar presentes. Aos que não podem, mas que desejariam, quem sabe, não fica para uma próxima?!...

O meu abraço de gratidão a todos que "vagueiam" por estas Ondas de Palavras. Que este mergulhar seja repleto de tranquilidade, Harmonia e Paz

Amélia Fernandes