O infinito em minhas mãos! O sol, em meu sorriso!
A terra, o paraíso. As gotas do orvalho que enfeitam as ervas ressequidas, como se fossem pérolas cristalinas. O cheiro a terra molhada, a maresia montanhosa, a neblina matinal, o perfume embelezado de uma rosa... a maciez de um beijo sentido no rosto desfigurado, perdido na longitude universal! O jeito transcendente, celestial…!
Tudo era tão mágico, envolvente!
Ali, onde céu e terra se tocam, onde flui ar puro de certezas amargas que rompem a podridão por vencer… Ali, deixei que me fizesses sentir mulher, criança a renascer. Despi o fingimento, mergulhei na doçura do sentir, olhei o céu e soube sorrir: sorrir como botão de rosa que se abre ao sol e se deixa beijar, acarinhar! Esse beijo que tanto espero e nunca vem...! Mas, eu sei que vai chegar, em abraços coloridos de paixão, embalado por auroras de sorrisos, onde quintais se estreitam e entrelaçam formosura, nos braços do ser amado tão pleno de loucura…
Assim, eu deixei-me seduzir por ti! Senti-me renascer para a vida, para o amor, o amor universal! O amor que incendeia a noite de luar e aquece a madrugada por descobrir.
Ali! Tão longe da vida, tão perto do céu, tão sedenta de anseios, vi teu rosto acenar-me, tuas mãos a sorrir, teu olhar a falar-me e segui-te sem querer e deixei que me abraçasses e me devolvesses à terra que me viu nascer.
Amélia Fernandes
quinta-feira, 19 de abril de 2012
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