Aqui! Aqui deste lado, neste local sagrado, desvendei minha agonia!
Chorei por ti! Mordi a saudade, libertei ansiedade, despi a velhice que jazia em mim e renasci para a verdade.
Descobri o amor, desvendei flores por nascer, colhi aromas de suspiros enfeitados com o teu sorriso, e rasguei a alma dentro do meu ser.
Aqui! Aqui neste mar de confusões mergulhei a dor, desvendei mistérios ocultos de verdade, construídos de prazer, adornados de agonia, de ódio, ambição desajeitada de te querer.
Mas, acordei! Despertei para a luz, onde renasce cristalina a esperança...!
Deixei que me fizesses tua...menina! Bela, sensual, aflorar em tuas mãos, nos dedos que deslizam por corpos harmoniosos de ternura!
Agora, canto dias primaveris, nas vielas dos caminhos por onde passo. Dispo a graça no beiral dos teus carinhos. Enfeito o coração com a lembrança, e dispo a cor da saudade, com o qual cubro e protejo meu sentir, como se de um manto de púrpura de linho, bordado a ouro fino se tratasse.
Ai a saudade! A saudade!!!
Dói! Dói tanto a saudade! Dói mais que um amor não correspondido. Dói o peito porque não falo contigo. Rasgo entranhas porque não te sinto a meu lado! Sangra a alma porque te sinto calado! Invado o céu para te agradar. Movo montanhas para te acarinhar.
Mergulho no mar, busco o paraíso, e tudo somente, para a ti ofertar!...
Aqui! Deste lado! Onde mora a saudade... não deixo de te esperar!!!
Amélia Fernades
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