terça-feira, 17 de junho de 2008

Silencioso é o luar

Vens, sorrateiramente, rastejando

no orvalho de papoilas a cantar

sussurrando baixinho

alma densa de condura

pétalas em meu ventre

para te acarinhar...

giestas cobrem meu leito

o orvalho canta madrugadas

clandestinas

dispo meu corpo ao relento...!

evaporam-se os sentidos

e quando faço amor contigo

há música há sinos a tocar

Harpas e Violinos...!

dedos que deslizam com suavidade

que buscam em meu ser a saudade

de te sentir peregrino

dentro do meu caminhar

Amélia Fernandes

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