sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Castelos


Castelos

Não tenho castelos, nem sou princesa

Habito no deserto de mim mesma

Sozinha desvendo incerteza

Deusa encantada, montanha escalada

Mar imenso de fraqueza

Transporto angustiada

No regaço à tua mesa

A certeza enfeitada

Simples poema,

Que a noite embeleza

Escuto a brisa do teu pensamento

Agonizante disfarço, tristeza e dor

Suspiros enfeitam meus braços

Braços que clamam pelo teu amor

O tempo que passa, o vejo passando

Velo teu sono, sem querer velando...

Em meus sonhos abraço o pássaro cantando

Mãos erguidas rasgam fermentos chorando

Crescem crispadas, sangrando

Tecem loucuras no tear da vida

Gemem suspiros no peito cantando

Desejo cravado, vontade chorada

Em seios sedentos de alma florida.

In, Flores para Ti, (2008)

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