Continuação
Devido a cada caso ser um caso, a ética nem sempre pode ser aplicada segundo as suas normas. Torna-se necessário, como disse, através da Sabedoria Prática, criar éticas que se ajustem ao tempo, ao espaço, ao acto, ao momento, à pessoa; em suma, ao contexto.
Dentro do papel ético, há ainda a ter em conta: a ética aristotélica, (teleológica) que aponta o meio para alcançar o fim, “o bem supremo do homem é a felicidade, a plenitude. A felicidade humana não pode consistir nos prazeres nem nas honras(...)”, ou, a ética Kantiana, (deontológica) na qual a moral é definida pelo carácter de obrigação da norma que significa cumprimento do “Dever”.
Assim sendo, em Kant, a moral só adquire valor quando realizada como um dever, (por obrigação e não por devoção). “Dever é a necessidade de consumar uma acção por respeito para com a lei”.
Em Aristóteles, o “Entendimento da Razão”. “O entendimento é a capacidade intuitiva do ser; a razão é a capacidade do raciocínio” . Daí ser permitido ao homem raciocinar, para melhor saber aplicar as leis éticas ou morais: - aplicar a ética através da sabedoria, da experiência e não a ética deontológica que, implica cumprimento do dever.
Por seu lado, a Estética é o ramo da filosofia referente ao bom e ao belo, assim como ao sentimento que a beleza provoca em nós.
Pergunto-me: Até que ponto a estética não assume, ou pode assumir, um papel ético na vida do cidadão?... Ou a ética, não pode ser vista como um bem estético?!..
Eu penso que, o uso da ética, a prática do bem, pode exercer uma função estética. Não uma estética artística, mas uma estética de beleza. Pois, só o que é construído com objectivo de arte, pode ser considerado artístico.
Continua.
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