sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Silencioso é o luar

Silencioso é o luar!

Vens, sorrateiramente, rastejando

no orvalho de papoilas a cantar;

sussurrando baixinho

alma densa de candura…

Pétalas em meu ventre,

para te acarinhar...

Giestas cobrem meu leito,

o orvalho canta madrugadas

clandestinas…

Dispo meu corpo ao relento...

Evaporam-se os sentidos…

E quando faço amor contigo,

há música, há sinos a tocar!

Harpas e Violinos!...

Dedos que deslizam com suavidade,

que buscam em meu ser a saudade

de te sentir peregrino

dentro do meu caminhar!

Amélia F. In, Flores Para ti(2008)

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